martes, 9 de julio de 2013

... O BAÚ DE S. LUIS ...

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   Pouco a pouco a rua se enchia de gente … o forte aparato da guarda civil chamava a atenção do mais distraido.

   Tentavam   entrar   naquele   edificio   mas   a   porta   estava fechada.


   O comandante daquele grupo de guardas olhava as janelas … muito altas …

    --- José!

    --- Sim, meu capitão.

   --- Corra até aos bombeiros … necessito uma escada aquí …


   ---- Rápido, homem …


    --- Sim, senhor.


   O guarda saltou para a garupo do seu cavalo e saiu a galope.


   Estavam ali porque a alguns vezinhos lhes parecia raro que viam o proprietário do edificio há muitas semanas.


    --- Você está seguro disso?

  
   O  grupo  de  homens  que   se  haviam deslocado   á  esquadra afirmaram com a cabeça …


     --- Sim.   O   nosso   vizinho   tem  por   costumbre   ausentar­se durante varios dias … mas desta vez … já há umas tres semanas que não o vemos.


   Convenceram-­no.


   Essa manhã organizou um grupo de homens e decidiu entrar na casa para ver se encontrava algum  indicio do paradeiro do homem.


   Um forte ruido indicou­lhe que vinha o carro de bombeiros … o  som dos  cascos  dos   cavalos  nas  pedras  da  rua S.Luis  era inconfundivel.


   Em poucos minutos uma comprida escada apontava a uma das janelas.


   Um dos  homens  abriu­a e entrou … em poucos  minutos  a porta estava aberta.


   O capitão foi o primeiro.






   A casa estava muito arrumada … muito limpa … mas do seu 
habitante … nem sinal …

   Durante cerca de duas horas passaram revista exaustiva aos dois pisos … não havia ninguem …

   Voltaram  á   rua  …  José,   o   guarda   que  havia   chamado   os 
bombeiros estava pensativo e um pouco ausente …

­­­    --- A ti que te pasa?

   --- Nada, meu capitão … estava pensando …

­­­    --- E só pensas para ti ou nós podemos compartir?

­­­    --- Algo não me encaixa …

   --- Homem … !!! Fala de uma vez …

­­­   --- Procuramos em toda a casa …

­­­    --- E não estava!

­­­    --- Capitão … o senhor viu que no quarto havia um baú?

­­­    --- Não. Mas isso que relação tem?

­­­    --- Não sei … estive quase para abri­lo …

­­­    --- E que pensas que terá dentro?

­­­    --- Não sei … vou entrar e ver …

   Antes que o oficial pudesse reaccionar José   desapareceu pela    
porta.


   Todos ficaram olhando a casa … pouco depois os gritos de 
José feriram o silencio do momento.

­­­    --- Aquí … capitão … está aquí …

  Entraram todos … o cheiro no quarto era agora insuportavel 

….  num canto um baú aberto era o alvo do olhar estupefacto de 
José.

   O  capitão olhou dentro e bruscamente deu dois passos atrás ...

   Dentro estava D. Pelayo Roldán … já em avançado estado de descomposiçäo.

   Agora todo o quarto cheirava a morte …

   Um som no andar superior chamou a atenção de todos …
­­­    --- Cabo, veja quem esta aí em cima.


   Para   comprender   aquela   insolita   situação   teremos   que 
recuar no tempo … tres semanas …






   D. Pelayo Roldan olhava a sua imagem reflectida no grande espelho de caixilhos trabalhados em talha dourada,  herança da sua mãe, que, por seu turno o havia recebido da sua avó …

   Contava a  sua mãe que aquele espelho continha uma maldição … quase que ainda podia esutar a sua voz:

   “ ---­­­ Meu filho … o dia em que se parta este espelho morrerá o seu propietario ...”

   Nunca acreditara em maldições … e o espelho ali estava … era a sua companhia todos os dias …

   Continuou olhando­-se …

  Jamais saia á rua sem confirmar,  durante  largos minutos, que na sua figura não havia nenhuma falha de estética.

   Tudo tinha de estar perfeito, dos sapatos ás meias altas até aos  joelhos,  as calças,  castanhas escuras,  um pouco abaixo dos mesmos,   o   casaquito,   preto,   por   cima   de   uma   camisa impolutamente branca com mangas terminadas en  largos folhos rendilhados  á mão … e o chapéu … o  seu adorno preferido … nunca saia de casa sem ele … aba larga … muito fino … com uma
oena de pato … todo estava bem …

   Já tinha a mão na porta quando um som vindo de dentro o paralizou … decidiu ignora­lo.







    O sol apertava na rua … o verão era implacavel em Sevilha.

­­­    --- Bons dias D. Roldan!

  A gente saudava-­o na rua … Pelayo era muito conhecido … por um lado, porque havia nascido naquela rua e sempre ali viveu … mas … não era só esse factor que levava  as pessoas a parar na rua olhando-­o e disfraçando um ou outro sorriso.

   É   que   ele   tinha   um modo  muito   particular  … muito  … amaneirado   …   ou,   como   diziam   os   seus   vizinhos   …   muito afemeninado …

   Mas  D.  Pelayo era um homem muito educado … ninguem nunca lhe tinha escutado uma má palabra, nem para os trocistas que lhe faziam comentarios um pouco mais fortes e irónicos.

  A verdade é que se enerbaba imenso … mas tentava sempre não reaccionar. 

  Entrou   no   bar   da   esquina  …  todos   os   dias   o   fazia  …  o camareiro pos no balcão um copo de conhaque … sempre o mesmo ritual …

   Depois … voltar a casa …

   No quarto de novo parou diante do espelho … mudar­se de roupa tambem era todo um ritual …Dentro de dois dias sairia de novo até Madrid …

   Bem se dava conta que a gente se interrogava com as suas ausencias … mas só ele sabia a razão … um segredo bem guardado desde há muitos anos …


Um som raro chamou a sua atenção …







­­­    --- Outra vez … não, por favor … outra vez não …

   Desde o tempo dos seus pais que se ouviam coisas estranhas
na casa … quase se havia acostumado … mas, nas ultimas semanas as coisas tinham empeorado …

   As noites tornavam­se longas … sempre que estava quase a
adormecer … algo o despertava …

   Mas normalmente era pela noite … não em pleno dia …

  Un ruido, agora muito mais forte, vinha do quarto …

   Correu   para   ali  …  ficou   olhando   o   espelho  …  o  mesmo espelho em que se olhava todos os dias … estava completamente destroçado.

   Ficou   petrificado   …   um   susurro   perto   do   seu   ouvido
esquerdo deixou­o gelado …

   Era verão, mas a temperatura daquele quarto tinha baixado
muitissimo …

   Podia ver o vapor da sua respiração … increivel …

­­­    --- Vas a morrer …

   Olhou em todas as direcções … de donde vinha aquela voz?

   Recuou até á parede … sentiu medo … medo de verdade …

­­­    --- Vaaas a morreeeeer …

   Entrou-­lhe profundo pânico …

   De   repente   a   porta  do   quarto   fechou­se   com um  enorme estrondo …

   Deslizou   pela  parede  …  as   suas  pernas   tocaram  em  algo rigido … olhou … era o baú … outra gerança … já vinha dos seus avós …

   Com as mão tremulas abriu a tampa e, sem pensa­lo meteu­se
dentro.

   A tampa fechou­se com força … agora … tudo era silencio …

   Posssivelmente passaram horas … até que Pelayo se decidiu
sair … empurrou a tampa … mas estava fechada … conhecia o baú … sabia que não tinha fecho … mas a verdade é que não conseguia abri-­lo …

   Forçou … gritou … mas as forças já lhe iam faltando … e os
seus gritos desde dentro … ninguem os ouvia … pouco a pouco
sentiu que lhe faltava o ar … e a voz … e as forças … 



   D.Pelayo Roldan foi um personagem real que apareceu morto dentro de  um baú,  na  sua  casa …  embora  existindo   relatos  da  existencia de fenomenos insolitos e paranormais ates da sua morte tornou­se na lenda urbana que explica os fenomenos  passados depois de ser encontrado.

A rua de S.Luis, no bairro da Macarena em Sevilha, é, ainda hoje, palco  de acontecimentos, de momento, sem explicação.






miércoles, 22 de mayo de 2013

... JOGO DE PERDIÇÃO ... (final) ...

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  Na segunda-feira, no liceu, procurou Andrea.

  --- Olá. Que tal o teu fim de semana?

  --- Ola! … bem … pensando em ti … temos que falar … não?!!!

  --- Penso que sim … espero-te depois das aulas?

 --- Sabes a que horas saio?!!!

  Juan ruborizou-se …

  --- Sim … …

--- Está bem. Esperam-me.

  Passaram horas sentados no banco de um jardim perto … falaram dos seus sentimentos … de tudo um pouco …

  --- Juan, que te pareceu aquela cena em casa de Sato?

  --- Gostei … já sei que a ti … não muito …

  --- Não é que não goste … mas dá-me muito medo …

  Fez-se um silencio …

  --- Desenhei uma Ouija …

  --- O quê?!!!

  --- Sim … tenho-a no meu quarto …

  --- E funciona?

 --- Não seu … ainda não experimentei … vou experimentar hoje quando voltar a casa.

  --- Tem cuidado, por favor …

  --- Não te preocupes … não passa nada …

  A verdade é que estava cheio de vontade de tentar.

  Essa noite, quando os seus pais já estavam deitados, Juan foi ao roupeiro. Aí tinha guardado o seu desenho.

  Não tinha um copo … olhou à sua volta … em cima da sua mesinha de cabeceira … viu uma pequena caixa de madeira … podia servir.

  Pôs o quadrado de cartolina no chão … predispôs a pequena caixa de madeira e, com o seu dedo indicador direito pensou na primeira pergunta …

  --- HÁ AQUI ALGUM ESPIRITO?

  A CAIXA NÃO SE MEXEU.

  Repetiu a pergunta uma dezena de vezes … mas não conseguiu resultados.

  Voltou a por a folha no roupeiro e deitou-se.

  A meio da semana o grupo chamou-o … iam de novo a casa de Sato.

  Ele já sabia para quê?

  Consultou Andrea com a mirada … confirmou que também iria.

  As coisas foram muito mais fáceis.

  Às perguntas foram-se sucedendo as respostas … apareceram nomes que alguns dos presentes reconheceram …

 Juan mostrou-se muito activo … Andrea mais reservada …

  --- Estas em força Algarrobo … vê-se que gostas de isto …

  --- A verdade é que sim …

  As reuniões começaram a ter mais regularidade …

 

 

 

 

 

  Aproximavam-se as férias da Páscoa … Andrea estava triste …

  --- Que te passa Andrea?

  --- Bem … vem aí a Páscoa … vamos a ver-nos?

  --- Claro que si … porque não?

  --- Não sei … ultimamente te vejo pouco.

  --- Que dizes?!

  Esta semana só nos encontramos duas vezes …

  Juan parou pensando … era verdade … nem tinha dado conta …

  --- Penso que o grupo reunir-se-a, ao menos uma vez, para jogar à Ouija.

  --- Só pensas nisso? Falo-te de nós … e tu falas de sair com o grupo?!

  --- Tranquila, Andrea … podemos estar juntos e com o grupo ao mesmo tempo … não?!

  --- Curioso … há umas semanas queixavas-te que havia demasiada gente quando estávamos juntos.

  Zangada, Andrea virou-lhe as costas e começou a caminhar pela rua … esperava que ele a seguisse … mas Juan ficou parado.

  Quando desapareceu na esquina Juan dirigiu-se a casa.

  Estava muito intrigado. A sua Ouija continuava muda e quieta … mas notava algo raro no seu quarto … a porta fechava-se quando a deixava aberta … e se a deixava fechada, quando a olhava no fim de um tempo via-a aberta … e na sua habitação não havia correntes de ar …

 

 

 

 

 

  Tal como previa, o grupo chamou-o. De esta vez não estava Andrea.

  A Ouija de Sato funcionava sempre.

  --- E se tentássemos algo diferente?

  --- A que te referes Algarrobo?

  --- Esperem … deixem-me experimentar uma coisa --- concentrou-se --- QUE OS ESPIRITOS QUE SE ENCONTRAM AQUI SE MANIFESTEM COM SONS.

  Todos ficaram sem reacção.

  De repente, uma pancada no chão fez dar um salto a todos.

  Era como se alguém estivesse por debaixo do sobrado flutuante dando murros.

  Nada teve a coragem de dizer uma só palavra.

  Sato, sempre o mais nervoso, levantou-se dando o encontro por terminado.

  --- Porque tens sempre que ser tu quem dá as sessões por fechadas?

  A pergunta de Juan deixou a todos surpreendidos … pelo tom quase agressivo … e por vir de alguém normalmente tão tranquilo como era Juan.

  Depois de um momento de hesitação Sato respondeu …

  --- Vamos a ver … esta é a minha casa, não?! Tenho algum direito de dizer basta, parece-me.

  --- Pois então fica com a tua casa e com a tua Ouija … aqui eu não voltarei mais.

 Parte da frase já Juan a disse descendo as escadas a caminho da rua.

  Os demais olharam-se sem compreender …

  --- Que lhe passa?

  --- Não sei … mas Andrea comentou-me que  Algarrobo anda muito estranho ultimamente …

  --- Olhem … --- Sato continuava nervoso --- penso que deveríamos acabar com estas reuniões de Ouija … não vos parece?

  Todos estavam de acordo.

  Juan chegou a casa visivelmente perturbado.

  Deitou-e, vestido, em cima da cama …

  Tinha consciência que se sentia um pouco raro …

  A sua explosão, em casa de Sato, estava completamente despropositada … não compreendia como tinha dito todas aquelas coisas …

 

 

 

 

  Imerso nos seus pensamentos algo despertou bruscamente a sua atenção … não sabia identificar o quê … era como que um movimento … impossível … estava sozinho no quarto …

  Mas … repetiu-se … sentou-se na cama … num dos cantos do quarto … na parte onde chegava menos luz um vulto parecia estar de pé …

  Saiu da cama e acendeu outro candeeiro … mas o que fosse … desaparecera …

  Estava com alucinações?!!!

  Decidiu baixar ao andar de baixo … comeria algo …

 Exactamente quando estava chegando à porta do seu quarto esta fechou-se com violência.

  Juan assustou-se … com a surpresa caiu de costas …

  Quando levou a mão à maçaneta da porta esta se abriu …

  Começou a descer as escadas … a meio apagou-se a luz … Juan ficou um momento parado … lembrou-se que o seu relógio de pulso tinha uma luz … não era muito forte mas serviria para encontrar os escalões.

  Mas a luz voltou.

  O andar de baixo os seus pais viam a televisão … olharam para ele …

  --- Que passa, Juan?

  Em baixo estava todos normal, não tinham notado nada de estranho.

  Nos dias seguintes, Juan não se sentiu bem fisicamente … ficou em casa.

  A sua mãe chamou o médico … mas ele não lhe encontrou nada … recomendou descanso …

  Sempre que ficava sozinho no seu quarto sentia movimentos … as luzes apagavam-se e acendiam-se … a aparelhagem de musica começava a tocar …

  --- Juan, há alguém que quer ver-te.

  Ficou surpreendido … quem seria …

  A sua surpresa aumentou quando Andrea entrou.

  --- Andrea … que fazes aqui?

  --- Estava preocupada … não sei de ti há semanas … e disseram-me que estava doente …

  --- E como sabias donde vivo?

  --- Que pensas, Juan?! Que nada sabe que vives no bairro de Madre de Dios?

  A verdade é que Juan evitava dizer que habitava num dos bairros mais problemáticos de Sevilla.

  Ficou contente em receber Andrea … abriu-se com ela e acabou contando-lhe o que passava.

  Andrea estava aterrorizada só de ouvi-lo.

  Quando ficou sozinho sentiu-se mais aliviado …

 

 

 

 

 

  A noite foi terrível … as sombras iam e vinham … sempre que estava quase a adormecer algo o sacudia …

  Quando saiu o sol Juan estava desesperado.

  A sua mãe foi despedir-se de ele antes de ir trabalhar … Juan segurou-lhe a mão …

  --- Não me deixes sozinho, mãe!

  --- Que dizes … tontito … sabes que tenho de ir trabalhar …

 O medo de ficar sozinho apoderava-se dele.

  Agora as sombras riam-se … os sons chegavam-lhe perfeitamente …

  Desceu as escadas correndo e foi ao escritório do seu pai … procurou na segunda gaveta.

  Sabia que o seu pai tinha um revolver guardado debaixo de uns papeis. As munições estavam na outra gaveta.

  Voltou ao seu quarto e sentou-se na cama.

Com a arma na mão tomou uma atitude mais beligerante …

  --- Aproximai-vos agora … vereis o que tenho para vocês …

  Do outro lado escutou uma voz sussurrante …

  --- … não tens tomaaateeesss !

  Juan apontou ao vulto e disparou … mas não conseguiu mais do que ouvir uma gargalhada sinistra.

  A partir daí Juan disparou a todo o que se movia.

  Já só tinha uma bala na antecâmara … agora havia muitos vultos … moviam-e muito depressa … cruzavam-se no ar …

  Um deles lançou-se sobre ele e sentiu como se entrasse no seu interior …

  --- … agora estou dentro de tiiii … que pensas fazer valentão?!!! … … …

  Juan não sabia o que fazer … sentiu como que uma força interior que movia a sua mão … não controlava os movimentos … e as gargalhadas escutava-as cada vez mais fortes dentro de si …

  Lentamente a arma apontou a sua cabeça … o seu dedo flexionou-se … pouco a pouco …

  Um enorme estrondo ecoou na sua cabeça … depois … finalmente … o silencio … os vultos tinham desaparecido … havia ganhado …



dramatização de jorge peres

 

 

 

   Esta dramatização está baseada, infelizmente, numa historia real passada no inicio dos anos 90, no bairro de Madre de Dios em Sevilha.

  Quero dizer-vos um par de coisas que me parecem importantes:

     PrimeiraO TABULEIRO DE OUIJA NÃO É UM JOGO … é muito importante que toda a gente tenha bem presente que a ouija é um meio de contacto, como um intercomunicador ou um transmissor …

    Segunda – quando pensem em contactar com espíritos têm que saber exactamente o que pretendem … têm que estar preparados …

    Terceira – se têm medo … não o façam.

  Este meu trabalho teve como base de informação uma publicação do investigador Javier Lobato, cabeça e voz do programa de radio ALCOSA OCULTA. Deixo-vos o enlace:

http://www.javierlobato.net/2013/05/expediente-madre-de-dios.html


 

 

 

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